Moisiel Rocha
Esse chaõ que é meu
Esse solo que piso, essa terra que amo. A magia, os encantos e amores... Os primores que não encontro cá.
Esse chão...
Chãobento descrito em versos e
prosas. Relembrado em crônicas saudosas por seus filhos ilustres e por
outros nem tantos assim, mas amantes da pátria mãe.
Quanto mais o tempo passa, mais eu
gosto desse chão que é meu. Em teu solo repousam minhas raízes, em teu
solo me sinto em casa. Em meu corpo trago as marcas das tuas ruas de
pedras. Em minha alma carrego as lembranças de um tempo feliz que vivi
ao lado dos meus em teu chão.
Em teu solo relembro o quanto é bom
amar e ser amado... Relembro a magia do primeiro beijo, do
primeiro porre; dos amigos verdadeiros. Em teu solo e, só nele, sinto a
saudade dos meus vizinhos... Meus irmãos.
Em teu solo sinto a saudade daqueles que não estão mais entre nós ...
Em teu solo presto homenagem a eles quando te honro assim como eles fizeram a ti.
Esse chão que é meu...
Como é bom sentir a doce brisa dos
teus campos tocando minha face com o mesmo carinho que sempre me
recebeste. A mesma brisa que me remete aos tempos que em tuas águas
banhei... Como é bom te sentir novamente.
Se fecho os olhos consigo sentir a
magia dos festejos dos teus Santos de bairros. Até o cheiro daquele
balão em forma de pato vendido nesses festejos eu consigo sentir. O
cheiro dos doces vendidos em malas e “alumiados” por lamparinas... Teu
verdadeiro cheiro.
O retorno para casa com o balão
amarrado no pulso ou no botão da camisa -farda de festa - para ele não
escapar. A decepção ao acordar e encontrá-lo murchinho no teu chão.
Se fecho os olhos ainda te vejo da
mesma forma como te conheci. Se fecho os olhos, aperto as lágrimas que
correm de saudade por ti.
Se fecho os olhos, sinto as batidas do teu coração...
Desse chão que é meu.
Moisiel Rocha (Branco Rocha)
Contato: Moisiel Rocha
E-mail: academiasambentuense@hotmail.com
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